Pesquisadores americanos conseguiram transforma esgoto em petróleo.
- rfprojetos11
- 2 de jan. de 2017
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Pesquisadores da Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), associado ao Departamento de Energia dos EUA, conseguiram desenvolver um método para adquirir petróleo através do esgoto.

A tecnologia, chamada liquefação hidrotérmica(HTL, na sigla em inglês), imita as condições geológicas que a Terra usa para criar petróleo bruto, precisa se de altíssima pressão e temperatura para que em minutos consiga transformar esgoto em petróleo, um processo que na natureza leva milhões de anos para acontecer. O resultado final é semelhante ao petróleo que se extrai da natureza, com uma pequena quantidade de água e oxigênio misturado.
Usando a liquefação hidrotérmica, a matéria orgânica, como resíduos humanos, pode ser dividida em compostos químicos mais simples. O material é pressurizado a 3.000 libras por polegada quadrada – quase cem vezes que de um pneu de carro. A lama pressurizada entra em um sistema de reator operando a cerca de 660 graus Fahrenheit, aproximadamente 349 graus celsius. O calor e a pressão fazem com que as células do material residual se dividam em diferentes frações – biocrude e uma fase líquida aquosa.
“Há uma abundância de carbono em lodo de águas residuais municipais e, curiosamente, também há gorduras”, disse Corinne Drennan, que é responsável pela pesquisa de tecnologias de bioenergia no PNNL. “As gorduras ou lipídios parecem facilitar a conversão de outros materiais nas águas residuais como o papel higiênico, manter a lama movendo-se através do reator e produzir uma biocridade de alta qualidade que, quando refinada, produz combustíveis como gasolina e diesel”.

Depois de pronto o material é refinado para adquirir etanol, gasolina e diesel. O processo de refinamento é o mesmo usado no petróleo natural. Além de gerar combustível útil, o processo ajudará a resolver inúmeros problemas com o esgoto em diversos países, como o da Baía de Guanabara no Rio de janeiro e do Rio Tietê em São Paulo.
Uma avaliação independente feita pela Water Environment & Reuse Foundation (WE&RF) considera a tecnologia altamente disruptiva, por seu potencial para tratar sólidos de águas residuais.
Os pesquisadores da WE&RF observaram que o processo tem alta eficiência de conversão de carbono, com quase 60% do carbono disponível no lodo primário tornando-se biopetróleo.
Fonte: engenhariae
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