Café e seus benefícios para o aprendizado
- rfprojetos11
- 10 de jan. de 2017
- 3 min de leitura
Beber café pode trazer mais benefícios à saúde do que só o prazer de degustá-lo. E é devido a isto, que a comunidade científica aumenta cada vez mais o interesse de estudar o café e seus efeitos no organismo.

O café é realmente um alimento rico em minerais, açúcares, gorduras, aminoácidos e vitamina do complexo B, e ao mesmo tempo é uma planta cujos benefícios ajudam ao cérebro humano, estimulando o sistema de vigília, aumentando a capacidade de atenção, concentração e memória, sendo por isto uma bebida recomendada para ser tomada durante o dia, logo após o acordar.
Lima, D.R diz que os níveis e efeitos da cafeína no sangue duram entre 2 e 4 horas, a dose ideal parece ser de 4 xícaras ao dia tomadas na dose e no horário conforme o quadro a seguir:

Como sabemos, um dos componentes do café é a cafeína, mas o que caracteriza esse componente é seu poder psicoativo. Segundo Alves et al. (2009.) as manifestações mais perceptíveis ocorrem após ingestão de doses baixas a moderadas (30-50mg) deste composto (cafeína), se expondo uma melhora no desempenho cognitivo e psicomotor, levando a uma melhora do estado de alerta, da capacidade de concentração, do desempenho em tarefas simples, da vigilância auditiva, do tempo de retenção visual e diminuição da sonolência e do cansaço.
Esse mecanismo de ação da cafeína se deve à similitude estrutural entre a adenosina e a cafeína, o que aumenta a chance da cafeína se ligar aos receptores da adenosina, bloqueando-os. A adenosina tem efeitos sedativos e inibitórios sobre a atividade neuronal, mas ela fica impedida pela ação da cafeína, gerando um efeito estimulante, diminuindo o sono e criando um estado de vigia.
Junto com a estimulação da vigia, as funções visuais e auditivas também podem ser modificadas, ficando intensificadas. Estes efeitos são proporcionais à dose total administrada, isto é, mais intensos com grandes quantidades de cafeína.
Entretanto, o efeito do café e a resposta do cérebro variam de pessoa para pessoa, já que alguns consomem ocasionalmente e outros, diariamente. No consumo diário é comum o aparecimento de tolerância aos efeitos da cafeína.
O efeito observado no consumidor crônico de café foi um aumento da capacidade intelectual e uma melhora na associação das ideias, o que leva a uma estimulação da capacidade e velocidade de leitura, sem aumentos de erros.
Lima, em seu texto “café pode ser bom para a saúde” nos diz que “Estudos mais modernos descobriram que a cafeína age diretamente em células ligadas ao estado de ânimo das pessoas. Quando um indivíduo fica aborrecido, algumas substâncias químicas neurotransmissoras, como a adenosina, são liberadas e estimulam receptores das células do humor. A cafeína bloqueia estes receptores no cérebro, impedindo-as de agir, deixando a pessoa bem-humorada”.
Mesmo a cafeína tendo grandes benefícios é importante sinalizar que grandes doses de cafeína podem produzir ansiedade, e sintomas idênticos aos de uma neurose de ansiedade, incluindo insônia, cefaleia, irritabilidade, tremores, náuseas e diarreia. Esta sensibilidade varia entre pessoas, dependendo da tolerância, grau de absorção e metabolização da cafeína, da idade, características da personalidade e fatores psicológicos do momento. Pessoas com alterações psiquiátricas como reações de pânico, esquizofrenia e sintomas maníaco-depressivos são mais sensíveis aos efeitos indesejáveis da cafeína. (Lima, D.R, s.d.)
Mudando o Cérebro

De acordo com dois pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, de Rehovot, Israel, o café pode mudar o cérebro, mas não há motivo para preocupação, ao contrário, pode ser que a cafeína ajude a memória de longo prazo. Descobriram o efeito da cafeína em pequenas estruturas das células nervosas chamadas espinhas dendríticas. Os dendritos são os prolongamentos ramificados da célula nervosa que recebem impulsos e os transmitem para o corpo celular.
Estudos com células em laboratório (neurônios da região cerebral chamada hipocampo, ligada ao aprendizado e à memória) mostraram que a cafeína fez com que elas liberassem maior quantidade de cálcio. Em seguida, notou-se um aumento de 33% no tamanho das espinhas dendríticas existentes e mesmo a formação de novas.
Fonte: Mundo da Psicologia
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